Terror

Milicianos presos promoviam matança generalizada na Zona Oeste

Quadrilha usurpava comerciantes e prestadores de serviço

Um dos alvos, o 'GG', foi preso num hotel de luxo em Gramado, no Rio Grande do Sul
Um dos alvos, o 'GG', foi preso num hotel de luxo em Gramado, no Rio Grande do Sul |  Foto: Arquivo/Marcelo Tavares
 

Já são oito milicianos presos na Operação Dinastia, da Polícia Federal, em conjunto com o Ministério Público, que acontece na manhã desta quinta-feira (25). Ao todo são 23 mandados de prisão sendo cumpridos. Não havia atualização até às 8h20.

Os investigadores cumprem mandados de prisão e de busca e apreensão contra milicianos integrantes da quadrilha chefiada por 'Zinho'. Segundo o Ministério Público, a organização promovia "matança generalizada". Um dos alvos, o 'GG', foi preso num hotel de luxo em Gramado, no Rio Grande do Sul.

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Todos atuam na zona oeste da Capital e na Baixada Fluminense. Os mandados foram expedidos pela 1ª Vara Especializada de Combate ao Crime Organizado da Justiça do Rio. 

As investigações revelaram um esquema de extorsão, posse e porte de armas de fogo de uso permitido e de uso restrito (fuzis), também comércio ilegal de armas de fogo.

Além disse, foi descoberto os crimes de corrupção ativa de agentes das Forças de Segurança, e diversos homicídios, que, segundo o MP, são incessantemente planejados e executados pelos milicianos contra criminosos rivais, que integram a milícia comandada pelo criminoso Tandera.

"Os elementos de prova arrecadados até o momento evidenciam uma matança generalizada que é fomentada pela organização, que tem como pilar para o seu funcionamento e manutenção a destruição dos integrantes da milícia rival e de quaisquer pessoas que possam auxiliar os seus inimigos, ou prejudicar o andamento de suas atividades criminosas. A investigação ainda revelou que há criminosos destacados exclusivamente para fazer, de forma incessante, o levantamento de dados pessoais e a vigilância dos alvos que devem ser “abatidos”", revelou o Ministério Público.

A quadrilha, de acordo com os investigadores, também pratica extorsões de forma reiterada, cobrando pelo pagamento de “taxas” de comerciantes e prestadores de serviço que ousam empreender nas áreas que são por ele subjugadas, independentemente da capacidade financeira dos empreendedores. Até as informais barraquinhas de rua, que vendem lanches, são alvos dos criminosos.

A Operação, fruto do trabalho conjunto do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado do Ministério Público do Rio com a Polícia Federal, ainda visa identificar outros integrantes da organização criminosa, que é considerada a maior milícia em atividade do Estado do Rio de Janeiro.

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